segunda-feira, 29 de agosto de 2011

acordo... oiço Jorge Palma mais uma vez... "eu venho do nada... onde so quero ser feliz..."!
venho do nada e vou para o nada onde o nada é simplesmente tudo! as vezes não me entendo ou não me quero compreender! olho para mim e simplesmente não me reconheço nas minhas atitudes! existencia conturbada... onde estou a começar a deixar de existir! se é que algum dia existi...
tantas vezes caminhamos ao encontro de nós e apenas encontramos sombras do que algum dia gostariamos de ser! vemos que na maioria das vezes não existimos para nós... muito menos algum dia existimos para os outros! os outros tambem so existem quando nos dizem algo... há tão pouca gente, na minha vida, que exista realmente... quando existem, desiludem... aliás eu desiludo-me! não devia iludir-me... mas faz parte do meu crescimento enquanto "pessoa humana"...
"o passado foi à história
cá estamos nós outra vez..." j. palma

Viver na não existência

depois de passar uma tarde inteira sem qualquer vontade... na apatia total de viver! olho os livros à minha volta (que devia estar a ler!) e nem lhes pego! deveria estar a escrever sobre a imortalidade da alma, a reminiscencia da alma... mas não consigo sair desta inercia!! "da morte a vida e da vida a morte". ate que ponto é que a minha vida tem o estatuto de existir? será que apenas existo na minha mente? no terceiro reino? será que apenas existimos enquanto representação para os outros? nesse caso... simplesmente não existo! mas ate tenho duvidas que exista em mim... para mim! sinto-me quase um "rato de laboratorio", mais uma experiencia na inexistencia humana. olho o universo e sinto que a minha existencia está demasiado longe de mim... depois sinto-me completamente esquizofrenica! eu sou eu mas não existo! acho que me estou a tornar um caso de internamento psiquiatrico!:) sou o oposto em mim! a negaçao e afirmação...sou e não sou, quero e não quero, estou e não estou. sou eu...
Que sensação de déjà vu...
É um arrepio estranho!
Não sei se gosto e fico
Ou fujo antes do tempo chegar!
Medo do desconhecido
Demasiado conhecido!
Ansiar algo...
Fugir!
Querer, não querer!
Estar, desaparecer!
Morrer, viver!
Esperar...
Hoje acordei a cantarolar esta música que ja não ouço ha tanto tempo!
Não sei porque "ressuscitou" da minha memória...
Sempre me disse tanto sem dizer nada! regresso ao príncipio do circulo...
Mantendo apenas a saudade de um passado e ansiando um futuro diferente...

"O silencio, deixa-me ileso
E que importancia tem?
Se assim, tu ves em mim
Alguem melhor que alguem
Sei que minto, pois o que sinto
Nao é diferente de ti
Nao cedo, este segredo
E fragil e é meu
Eu nao sei...
Tanto, sobre tanta coisa
Que as vezes tenho medo
De dizer aquelas coisas
Que fazem chorar
Quem te disse, coisas tristes
Nao era igual a mim
Sim, eu sei, que choro
Mas eu posso, querer diferente pra ti
Eu nao sei...
Tanto, sobre tanta coisa
Que as vezes tenho medo
De dizer aquelas coisas
Que fazem chorar
E nao me perguntes nada
Eu nao sei dizer..."

Sombras

Quando olho à minha volta não sei se vejo luzes ou simplesmente sombras das verdadeiras luzes! Sócrates foi condenado à morte por ter descoberto a "luz"... eu viverei sempre na dúvida sobre a existência (ou não) da realidade.
Quantas vezes não descubro estar a viver em mentiras... afinal o que julgava ser verdadeiro desaparece como uma nuvem... aqui fico, parada, inerte, vendo a minha vida como um filme só meu! Onde apenas eu existo! Onde o nada se vai e me deixa só! Serei apenas uma sombra de alguém? Uma sombra que anseia ser livre... que procura mas não encontra! Serás tu o outro lado da sombra? Ou apenas mais uma sombra deambulante entre dois mundos?

Suave

Viva o Deus Baco...
Como é bom saborear um vinho tinto no aconchego do quarto!
é o meu mundo... laranja, vermelho, quente!
em cada toque sinto um novo sabor...
Suave,
Forte!
Capaz de me fazer acreditar...
num sorriso solitário,
um olhar meu só pra mim!
Eu...
pra mim!
Porque há dias em que parece que temos tudo mas nada nos satisfaz? Falta-nos sempre algo, hoje faltou-me um sorriso! O sorriso de compreensão! O teu…
Um aperto no peito, um olhar perdido… uma gargalhada profunda! Continuaste a faltar-me! Um novo olhar que transcende a minha alma…chamando-te, implorando-te! Mas tu nunca vens, não me olhas! Não me vês (sobre)viver enquanto te espero…
Mais um dia… mais uma noite, na tua ausência, resisto à vontade de desistir de ti…
“Quem procura não encontra, mas quem não procura é encontrado”
Porque há coisas que nos marcam,
há dias que passam...
coisas vulgares que nada nos dizem!
palavras que nos magoam...
que nos ferem bem no fundo!
levam-nos o sorriso
deixando apenas um sorriso frio!
um aperto!
Um novo dia...
outra não existência!
O (não) Ser alguém...
o esquecimento de Ser!
O (Re) Nascer...
o voltar a sorrir pra mim!
O olhar no espelho
e ver...
Ser alguém!
dentro, no profundo...
Nó que se desata!
Olhos que sorriem!
Vou ficando por aqui...
Estando, obrigar este corpo que é meu a sobreviver à embriaguez de ir ficando! Estar na constante espera de... que algo dispare dentro do meu ser... que me aqueça e me sufoque! Sentir-me a mexer, viva, fazendo realmente parte de mim! fazer viver estas mãos que são minhas, respondendo aos meus pensamentos que são apenas meus! Escolher fazer parte de mim pertencendo a outro! inquietada e inquientante máquina de pensamentos...
Momentos solitários, momentos quentes de sabores salgados, momentos frios envoltos em pessoas que vagueiam pela vida, quartos onde tudo se esquece… porta aberta para uma rua deserta! EU! Ou outro EU? Quem? Fogo que emana do interior ora aumenta ora gela… porque a ambivalência de SER? Qual a verdadeira Ana, perguntam-me vozes longínquas, quem és? Acho que me perdi em vidas que não eram a minha… chorei, ri, vivi, sofri… a minha vida? A de outrem? Sinto que vivi muito em pouco tempo…nada tenho, pouco sobra! Procuro constantemente encontrar-me…olho-me esperando reconhecer-me… mas nada me identifica! Nada em mim me tira da memória quem um dia fui…
Estranhos encontros, fugidos, quentes, secretos, excitantes momentos...
Caminhar em ruas molhadas, chuvas frias que me envolviam, ouvir apenas os meus passos, respirar o frio gelando-me…
Quem és? Quem sou?











































Um tufão passara na sua vida. Tudo em que ela acreditara foi desvanecendo-se com o passar do tempo… Aquele ano que se aproximava promissor veio a mostrar-lhe que a pessoa que achava ser afinal, talvez, nunca tenha existido. Aquela pessoa forte que outrora se sentira já não existia dentro dela. Encontrou-se só, sensível, com medo, carente… muitas vezes adormeceu marejada em lágrimas. Nada é por acaso, ninguém passou na sua vida sem uma razão. Houve quem lhe mostrou o seu valor… e quem a pisou demasiado. Houve amigos que permaneceram a seu lado, outros que ficarão para sempre em si. Houvera também que saíra para sempre da sua vida. Um ano rico em acontecimentos. O que se construíra durante anos desaparecera em segundos. Novos (re) começos. O acreditar no que poderia ser diferente, a vontade que realmente fosse possível. Sonhos misturados com pesadelos. O barulho e o silêncio em simultâneo. O fim e o principio que se confundem constantemente. A saudade e o adeus. De repente ela encontra-se no fim de mais um ano, sentada numa nova casa, vendo as luzes da cidade ao longe. Sozinha. Uma sensação de paz começa a invadi-la, as lágrimas teimam em não abandonar os seus olhos. Contudo não está triste. Um novo começo no fim de mais um ano… simplesmente melancólica!

muda de vida...

"Se não vives satisfeito, muda de vida..." esta música não me sai do pensamento nestes últimos dias!Com o chegar ao fim de mais um ano da minha vida (que foi dos piores!), (re)penso a minha vida. É urgente fazer uma restruturação!! Guardar aqueles amigos que, julgo, ficarão para a vida e a familia; Tudo o resto fazer delet!! Não é fácil, preciso de criar uma estratégia viável. Ás vezes apetece-me simplesmente desistir de tudo, fechar-me em casa esperando que tudo mude! Não consigo, julgo que a maior necessidade de mudança SOU EU! Ainda serei uma pessoa má? Já tive tudo julgando não ter nada e quis perder. Começar e (re)começar constantemente. Hoje estou cansada de mudar, mas a vida obriga-me a recomeçar do zero... E aqui estou eu, sózinha, a terminar o ano, sem planos para o novo ano a não ser (re)começar! Foi um ano repleto de desilusões... Termina como começa!
Vou conseguir mudar de vida...

Amizade "é a aceitação de cada um como realmente ele é".

Há já algum tempo que me apetecia vir ao meu cantinho escrever. Mas nos entretantos a escrita tem ficado de parte. Ultimamente tenho tido muito pouco tempo para me dedicar ao que realmente me faz feliz. LER, ESCREVER, PASSEAR! Que saudades de cheirar o mar, sentir as goticulas esvoaçantes na minha pele... que saudades dos meus amigos distantes, saudades de conversas que se prolongam pela noite fora ao sabor de um copo de vinho. Saudades de discussões intermináveis sobre o tudo e o nada... saudades de simplesmente estar. Conseguir não pensar em nada.Não sendo vitima, por vezes, sinto que me vitimizo, fruto de um cansaço indescansável. Tenho quase 29 anos. Não me sinto minimamente realizada em nenhum aspecto. Culpa minha, claro! O que poderei alterar? Como mudar esta estagnação? Ás vezes apetece-me simplesmente pegar numa mochila e partir. Ir onde o caminho me levar! Acho que continuaria insastisfeita. O que me deixaria feliz? Já não sei... Parece que algures perdi o rumo... As poucas certezas que tinha foram desaparecendo e nem dei conta. Agora, olhando, pouco vejo. Sinto-me uma analista externa da minha própria vida. Pontos fracos/Pontos fortes... talvez o maior ponto forte seja a amizade (por isso o titulo!!), a acitação de cada um como realmente é! Tenho alguns amigos... amigos que me aceitam, que gostam de mim como sou. Outros tentarão mudar-me, tarefa que irão ver ser demasiado complicada... Talvez a minha menor amiga seja eu de mim própria. Muitas vezes não me aceito como sou! Muitas coisas faria de forma diferente mas há algo que não me deixa! Esquizofrenia? Parece uma conversa do meu EU com o meu outro EU!! De Eu para Eu às vezes há tanta diferença que não chego a perceber qual realmente serei Eu! A vontade de encontros, a vontade de me isolar. A vontade de estar e de fugir. A vontade de falar e de calar. Coitados dos meus amigos.Tarefa complicada aceitar-me sem saberem quem realmente sou!

A mosca

Ali estava ela, sentada, tendo por companhia um deus menor e o estalar do fogo! Sentia-se calma, já se habituara a viver com a tristeza que vive dentro de si. Não se lembra de quando se sentira feliz realmente, liberta dos seus temores. Durante a noite os seus fantasmas perseguem-na, não a querem deixar dormir. Os seus sonhos estão guardado há tanto tempo que ela já não se lembra da sua existência! Caiu na armadilha da sua tristeza. Pouco resta de si ali sentada. Tenta recuperar o que foi perdendo. Apenas perdeu partes dela... onde estão? De repente o som de uma mosca acorda-a do seu sonambolismo acordada.
Já não escrevo há algum tempo... pela falta de vontade, pela falta de inspiração ou simplesmente por teimar em não escrever o que me vai na alma! Há coisas que se tornaram tão minhas que me é muito dificil partilhá-las mesmo com as palavras! Julgo que a vida tem feito questão de me mostrar o que é e o que podia ser quase em simultâneo. Contudo o que podia ser mostra-se sempre inacessivel, dificil... e o que é dói, magoa-me constantemente! Parece não ter fim esta dor que me vai corroendo! Há muito que ia contendo milhares de lágrimas que hoje teimam em não parar de correr pela minha face! Já não sei porque choro... simplesmente por continuar a existir aqui! Por não ter força para fugir...  do cansaço de acreditar no diferente! Da estupidez da espera...
Dói muito continuar assim... aqui! Quero partir para outro lugar... deixar-me estar só comigo longe!

Existes?

Nem sempre encontro palavras para me mostrar. Cada vez mais sinto necessidade de me calar, de não mostrar ao mundo quem sou. Ser incompreendido que vagueia no mundo. Sei não ser fácil de entender, sei mesmo que é complicado gostar... Contudo ainda não me habituei a que as pessoas me desiludam, que me mostrem que não me conhecem! Já não fico chateada... só triste!
olho à minha volta... às vezes vejo-me a rir olhando as calçadas... outras sinto lágrimas a espreitarem! Olho ao meu redor tentando encontrar o teu olhar em algum cruzamento, talvez ainda não seja o tempo dos nossos caminhos se cruzarem. Já procurei substituir-te muitas vezes... procuro uma oportunidade de ser diferente mas nunca és tu. Aquele que me conhece pelos contornos do rosto, o que ve os meus olhos, aquele que simplesmente me sente. Existes?

gostava...

Gostava tanto que tivesses visto... o que abdiquei de mim para tentar que fosse diferente, a dor que senti que nem sabia que existia! Tantas lágrimas...
Já vivi tanto que achei ser minha culpa, achei que tinha que dar alguma oportunidade. Parece-me que escolhi mal mais uma vez! Acabei por te dar tantas hipóteses que me esqueci de quem eu era. Dei-me a ti completamente, achei que talvez fosses o meu cavaleiro andante, aquele que me entende, que consegue ver-me. Enganei-me tanto... Vi o que queria ver, não passou tudo de uma mentira criada por mim! Afinal nem foste tu que me enganaste, fui eu, fui eu que vi em ti mais do que eras para mim... fui eu que me quis enganar! Gostava tanto que fosse diferente e que não estivesse aqui agora! Não posso voltar atrás, resta-me apenas tentar viver diferente, acabar com a minha mentira... ver-te só como tu és! Muito pouco do que eu achava que me eras...