quinta-feira, 19 de julho de 2012

Dou-me a pensar frequentemente nas razões que a vida nos traz ao nosso encontro pessoas... e da mesma forma nos desencontra num determinado momento.
Eu, que acredito que tudo tem uma razão, questiono-me frequentemente! Qual foi a razão? Qual será?
Já chegaram a mim pessoas vindas de longe, já se afastaram os que sempre estiveram ao lado...
Se realmente todos temos uma missão nesse encontro? Qual será a minha aqui? Já estive em vidas que nada me diziam e que de repente tornaram-se no meu mundo depois inesperadas crueldades,  afastaram-nos para sempre...
Outras que foi simplesmente o reencontro de vidas em comum... permanecem em mim como sempre cá estivessem. Pessoas por quem tudo faria, pessoas que tudo fariam por mim! Pessoas que se entrelaçam no meu Ser tanto que não me sinto sem elas mesmo que estejam distantes.
Depois aparecem aquelas que apenas se dão um pouco, a vida afasta-nos mas deixa-nos a vontade de mais, a saudade do que se podia ter tido, das vivências que se perderam por nunca existirem...
Outras são apenas loucuras, momentos que nos fazem sorrir mas nada mais! Lembranças... de momentos!
Depois há aquelas pessoas que permanecem nas nossas vidas mas apenas como elo de ligação a qualquer coisa...
Daquelas que raramente nos lembramos e aquelas que nos esquecemos para sempre, ficam guardadas em algum lugar recôndito da nossa lembrança!
Aquelas de quem nos iremos lembrar sempre... daquele olhar, aquele abraço que nos faz perder o tempo e sentir toda a segurança do mundo! E mesmo assim ficaram la trás, guardados para sempre no lugar da saudade!
O caminho continua... sinto que possuo imensa dor de outros (absorvi-a como se de mim fizesse parte), sinto que está em mim a vontade de andar, de conhecer, de sentir novas vontades... de ver novos olhares e se sentir novamente a segurança de sentir uns braços envolventes!

terça-feira, 1 de maio de 2012


Fecho os olhos!
Consigo sentir um toque que há-de vir
De repente tenho-te ao meu lado
Um calor sem face
Uma mão que me afaga os cabelos
Uns olhos que me vêem por dentro
Que me arrancam do meu lugar secreto
Um cheiro que me provoca as papilas gustativas
O sabor que me deixa a arder!
Abro os olhos!
Não existes em mim…
Mas estás ai!

domingo, 22 de abril de 2012

viajante...

Curva atrás de curva escuta-se o vento que leva as nuvens  para além dos sonhos!
Entre o nevoeiro aguardam-se as sombras que se vão perdendo
Os olhos riem e choram vendo um futuro que não compreendem..
Perde-se o medo de enfrentar os montes e vales
O gelo vai derretendo levando as lágrimas
O rio, lá em baixo, aguarda cavalgando as pedras
a chegada do pensador viajante!
Está perdido nas nuvens!

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

acordo... oiço Jorge Palma mais uma vez... "eu venho do nada... onde so quero ser feliz..."!
venho do nada e vou para o nada onde o nada é simplesmente tudo! as vezes não me entendo ou não me quero compreender! olho para mim e simplesmente não me reconheço nas minhas atitudes! existencia conturbada... onde estou a começar a deixar de existir! se é que algum dia existi...
tantas vezes caminhamos ao encontro de nós e apenas encontramos sombras do que algum dia gostariamos de ser! vemos que na maioria das vezes não existimos para nós... muito menos algum dia existimos para os outros! os outros tambem so existem quando nos dizem algo... há tão pouca gente, na minha vida, que exista realmente... quando existem, desiludem... aliás eu desiludo-me! não devia iludir-me... mas faz parte do meu crescimento enquanto "pessoa humana"...
"o passado foi à história
cá estamos nós outra vez..." j. palma

Viver na não existência

depois de passar uma tarde inteira sem qualquer vontade... na apatia total de viver! olho os livros à minha volta (que devia estar a ler!) e nem lhes pego! deveria estar a escrever sobre a imortalidade da alma, a reminiscencia da alma... mas não consigo sair desta inercia!! "da morte a vida e da vida a morte". ate que ponto é que a minha vida tem o estatuto de existir? será que apenas existo na minha mente? no terceiro reino? será que apenas existimos enquanto representação para os outros? nesse caso... simplesmente não existo! mas ate tenho duvidas que exista em mim... para mim! sinto-me quase um "rato de laboratorio", mais uma experiencia na inexistencia humana. olho o universo e sinto que a minha existencia está demasiado longe de mim... depois sinto-me completamente esquizofrenica! eu sou eu mas não existo! acho que me estou a tornar um caso de internamento psiquiatrico!:) sou o oposto em mim! a negaçao e afirmação...sou e não sou, quero e não quero, estou e não estou. sou eu...
Que sensação de déjà vu...
É um arrepio estranho!
Não sei se gosto e fico
Ou fujo antes do tempo chegar!
Medo do desconhecido
Demasiado conhecido!
Ansiar algo...
Fugir!
Querer, não querer!
Estar, desaparecer!
Morrer, viver!
Esperar...
Hoje acordei a cantarolar esta música que ja não ouço ha tanto tempo!
Não sei porque "ressuscitou" da minha memória...
Sempre me disse tanto sem dizer nada! regresso ao príncipio do circulo...
Mantendo apenas a saudade de um passado e ansiando um futuro diferente...

"O silencio, deixa-me ileso
E que importancia tem?
Se assim, tu ves em mim
Alguem melhor que alguem
Sei que minto, pois o que sinto
Nao é diferente de ti
Nao cedo, este segredo
E fragil e é meu
Eu nao sei...
Tanto, sobre tanta coisa
Que as vezes tenho medo
De dizer aquelas coisas
Que fazem chorar
Quem te disse, coisas tristes
Nao era igual a mim
Sim, eu sei, que choro
Mas eu posso, querer diferente pra ti
Eu nao sei...
Tanto, sobre tanta coisa
Que as vezes tenho medo
De dizer aquelas coisas
Que fazem chorar
E nao me perguntes nada
Eu nao sei dizer..."